10.4.13

Alta- Costura X Prêt-à- Porter

     Ando bem ausente daqui ne? Eu sei,mas eu ja meio que imaginava isso! Fiquei doentinha uns dias e tudo da faculdade acumulou. Lá os professores costumam passar mais trabalhos que provas - ai você pensa, que moleza- mas não tem nada de moleza nisso ! Os trabalhos são sempre monstruosos, e olha que eu sempre tento deixar menos coisas possíveis para a ultima hora. Então, eu estou nesse período infernal de ''provas'' e pra piorar semana que vem é de Fashion Rio ( o post de hoje é no '' clima '' ) e adivinha? Camillinha vai trabalhar.É, já não satisfeita de estar toda ferrada, vou me ferrar mais pouquinho porque adoro perigo ! ahahaha Mas é isso, por favor entendam meu sumiço  e assim que tudo isso passar vou voltar com muitas novidades para vocês !!


     Como falei de Fashion Rio, lembrei de um trabalho que eu fiz para a faculdade, a algum tempo atras. em que notei um fato curioso : muitas pessoas não sabem diferenciar Alta-Costura de Prêt-à- Porter. Com isso resolvi explicar o que é cada uma delas, para vocês pararem de falar besteira e aprender um pouco mais !

Check it :

- Alta- Costura



             Alta-Costura é feita somente em Paris e pelas regras do Chambre Syndicale de la Haute Couture. Em nenhum lugar do mundo o que é feito é Alta Costura. É roupa sob medida! No máximo, um prêt-à-porte de luxo!
Por mais que exista alguma exclusividade ou qualidade do produto, continua sendo ‘roupa sob medida’. Nem que o tecido usado para a confecção da peça seja importado, o resultado é ‘roupa sob medida’.
             Para integrar este restrito universo, o criador necessita ser “indicado” por estilistas que já integram o grupo, ter um ateliê em Paris, onde irá produzir inteiramente sua coleção, respeitando todas as regras impostas pelo Sindicato (como um número mínimo de funcionários e de criações a cada desfile) e esperar um período de cinco anos para ter seu nome oficializado como “criador de Alta-Costura”. Além disso, cada casa de criação é avaliada anualmente pelo Presidente de Honra do Chambre Syndicale, Jacques Mouclier. Quem não estiver de acordo, é ‘convidada’ a sair.
A Alta-Costura (Haute-Couture) é feita para sonhar! É um mundo exclusivo para privilegiados. Para se ter uma ideai, em 1946 existiam 106 Maisons de Haute-Couture. Em 2003, 16. Na última temporada, Christian Dior, Giorgio Armani Privé, Chanel, Givenchy, Elie Saab, Jean Paul Gaultier, Valentino e Versace eram as mais representativas – apesar da presença de Giambattista Valli começar a fervilhar.
           Alta-Costura (ou Haute-Couture, no original) é uma marca registrada, que somente pode ser utilizada por estilistas que integram o Chambre Syndicale de la Haute Couture, criado em 1968, presidido por Didier Grumbach.

           Peças de Alta-Costura são produzidas em dois ou três únicos modelos. São obras de arte, confeccionadas à mão nas Maison. Os vestidos são frágeis e delicados, feitos por uma única pessoa – extremamente qualificada para isto – que gasta em média de 170 a 175 horas. São profissionais meticulosos, com muita paciência, pois sabem que, no caso, de não ficarem perfeitos, os modelos são desmanchados e refeitos.
Estes profissionais precisam ser “apaixonadas” pelo que faz, pois, segundo a chefe de costureiras de Chanel: “nesta profissão, quem não for apaixonado pelo o que faz, não realiza coisas belas”.
Sabendo desta exclusividade, as milionárias americanas compram peças, vestem por um curto período e doam para Museus, que costumam organizar anualmente exposições temáticas.


            A maioria das grifes (sim, aqui estamos lidando com grifes, ou seja, nomes com DNA e que determinam uma cadeia de negócios) de Alta-Costura é francesa, mas estrangeiros também participam. Valentino foi a primeira – não francesa – a integrar o fechadíssimo clube, em 1989, trazendo sua elegante e clássica coleção de vestidos italianos para as passarelas de Paris.
Depois dele, Giorgio Armani (também italiano) e Elie Saab (libanês) foram os próximos.
As francesas Chanel e Dior tiveram ‘estrangeiros’ como diretores criativos, como alemão Karl Lagerfeld na Chanel, desde 1983 e o inglês John Galliano da Christian Dior, onde ficou por 14 anos, sendo despedido depois do mega escândalo das acusações de racismo e de ser antissemista em fevereiro de 2011. Até o momento, não foi revelado o nome de seu sucessor.
Em janeiro de 2011, Gustavo Lins foi o primeiro brasileiro a integrar este exclusivo universo. Ao seu lado, Christophe Josse, Franck Sorbier, Maurizio Galante e Stéphane Rolland.
Pensar em Haute-Couture é falar para um universo paralelo. Afinal, quantas mulheres podem comprar anualmente vestidos de U$ 20 mil a U$ 100 mil, ternos de U$ 16 mil ou casacos de U$ 50 mil? Só para se ter uma idéia: em 1947, havia 15 mil clientes que consumiam Alta-Costura, hoje, há dois mil, mas somente 200 compram regularmente.
Detalhe: 60% são americanas e o restante… Princesas árabes. Dizem que, graças a crise financeira, as americanas perderam seu posto. Mas continuaram a consumir – só que se hospedavam em hotéis, onde os representantes das Maison levam as peças, são compradas… Mas tudo de forma anônima… Quase em segredo…



- Prêt-à- Porter


           Do francês ’prêt’ ( pronto)e a-porter (para levar) 'prêt-a-porter' em termos de moda, quer dizer, pronto para levar, vestir e usar... produção em serie, para baratear o produto, comprar, levar e usar. Foi criado pelo estilista francês J. C. Weill, no final de 1949, depois do fim da Segunda Guerra Mundial, em pleno pós-guerra, no auge da democratização da moda surgiu o prêt-à-porter, libertando as confecções da imagem ruim associada ao dia-a-dia.

            Este novo conceito foi responsável dela difusão da moda e da adequação dos consumidores. O prêt-à-porter revolucionou a produção industrial, pois era possível criar roupas em grandes escalas industriais de melhor qualidade, oferecer uma grande praticidade, além da variedade não só de estilos, mas também de preço e lançar novas tendências. Sendo mais acessível ao público, possuindo a marca e a assinatura do estilista em peças, dando ar de sofisticação, mas sem o tom de exclusividade. Além da acessibilidade surgida com o advento do prêt-à-porter, a globalização tornou a informação mais veloz, e o que é novidade do outro lado do planeta pode chegar até nós em questão de minutos. Em pouco tempo, o que é o último lançamento da alta-costura ganha inúmeras clonagens ao redor do mundo. Com o surgimento do prêt-à-porter, a alta-costura deixou de lançar a moda, e as coleções prêt-à-porter passaram a ditar as tendências. Embora as peças industriais sejam produzidas em série, o prêt-à-porter tem a moda em si, ele uniu a indústria à moda, acrescentando estilo às ruas, ele da um ar mais diferente e criativo às peças básicas.

Beijos, Ca.


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